BURACO
A rã e o rapo estavam no brejo. Ambos beijavam a praia suja. A rã dizia amar o sapo e o sapo apenas fumava o seu cigarro com uma terrível cara de sapo. A rã parecia feliz. Ambos pareciam felizes - a seus modos.
Um casal de pulgas aproximou-se. As pulgas pequenas do mundo cão. O sapo as convidou para bebericarem a água suja da praia. As pulgas negaram o convite. As pulgas preferiam as barbas do profeta. As pulgas caíram fora.
O sapo e a rã ficaram a beijar a água suja da praia. E a rã dizia amar o sapo e o sapo fumava um cigarro com uma terrível cara de saco. A vaca não foi para o brejo. As moscas não estariam ali. O que o sapo não sabia era que pulgas não são tatus para adentrarem buracos.
Ramon Belame